27 de outubro de 2012

Mesa Redonda: Clássicos da Literatura na contemporaneidade: reflexões

Na terça-feira (23/10), no teatro do Sesc Mecejana, participei de uma mesa redonda nem tanto assim abordando o tema: Clássicos da Literatura na contemporaneidade: reflexões.
A Mesa contou com a participação dos professores Dr. Roberto Mibielli, Dr. Roberto Carlos e a mediadora Prof. Maria Helena, todos atuantes na UFRR.
Começamos com os comentários do Dr. Mibielle, a respeito da formação do Clássico, livros que de alguma forma foram canonizados e foram incorporados na tradição.
Citou ainda o critico literário Antonio Cândido, cujo diz que a literatura brasileira é um galho fraco da literatura portuguesa, e complementou ainda que ela continuaria dessa forma se as pessoas não a valorizassem. É necessário que as pessoas também participem desse processo de divulgação e leitura dos clássicos brasileiros. O grande problema é atrair esse público de leitores, mas tentamos.


"A nossa literatura é galho secundário da portuguesa, por sua vez arbusto de segunda ordem no jardim das Musas."

Também citou uma interessante pesquisa realizada com grande parte do ensino médio do estado, cujo o resultado apontou que:
  • 54% dos estudantes gostam de ler (ou pelos menos dizem), porém somente a metade deles podem dizer o nome de uma obra literária preferida. 
  • Somente 2% sabia algo sobre José de Alencar, porcentagem pertencente aos alunos da 2ª série, onde o escritor faz parte da grade escolar.
E afirmou uma triste realidade: Escolas não formam leitores.
E grande parcela da culpa se dá porque os professores não leem e a partir daí, não tem recursos suficientes para trazer os alunos para o universo literário. Como que os alunos vão desenvolver o gosto pela literatura se nem os professores tem esse hábito?

Se fosse contar os professores que me incentivaram a ler ou discutiram alguma obra comigo, acharia poucos. A impressão que dá é que literatura não é bem vinda no ambiente escolar, basta falar de livros que os alunos criam uma grande muralha e se distanciam o máximo, e quando o professor nem fala, então...

Admito que não sou grande leitor de clássicos, comecei lendo livros de fantasia, dragões e trolls, mas estou num período que não consigo pegar nenhum livro da minha estante (repleta de livros desse gênero) e prometi a mim mesmo que não compraria nada até terminá-los promessa que já foi quebrada por conta de edição de luxo de O Poderoso Chefão, e quase fiquei louco, sinto como se estivesse perdendo tempo, e que devia ler coisas que fossem mais importantes. Estou estagnado.

Clássicos não são clássicos à toa, em um momento da história eles foram importantes e necessários (como ainda são hoje em dia), o que falta é que todos percebam isso, e deem mais valor, ressaltando os brasileiros.

E você, quais clássicos anda lendo?

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